segunda-feira, 31 de maio de 2010

Psico-Oncologia: um olhar para as dores da alma



Sabe-se que o ser humano é uma totalidade de fatores psicológicos, biológicos e sociais, portanto, o câncer também deve ser abordado como influenciador desse tripé ou até mesmo pensado sobre o prisma de que é um adoecimento biopsicossocial.
Falar de ser humano e não falar de emoção é negligenciar uma parte fundamental da sua construção, pois, pensamos e agimos muitas vezes em decorrência dela.

A grande maioria das escolhas que fazemos em nosso dia-a-dia, desde as mais simples até as mais complexas, são guiadas pelos sentimentos. A compreensão dessas escolhas e das razões que levam os indivíduos a fazê-las é uma ocupação da Psicologia e conforme a visão do Psicodrama a saúde está na espontaneidade e na criatividade para saber lidar com as dificuldades e obstáculos que a vida proporciona. Em decorrência do modo de vida, alguns indivíduos vão perdendo sua capacidade de ser espontâneo e criativo levando a uma exposição maior ao risco de adoecer psicologicamente e fisicamente. Cuidar das dores da alma é tão importante quanto cuidar das dores físicas, buscando atender a essa necessidade surgiu a Psico-Oncologia.

A Psico-Oncologia é a área de interação entre a Psicologia e a Oncologia, ocupando-se dos aspectos psicossociais que envolvem os pacientes de câncer. Busca estudar o impacto do diagnóstico para o psiquismo do paciente e toda sua família, abrangendo as variáveis psicológicas, comportamentais e sociais relevantes para a compreensão da incidência, recuperação e a qualidade de vida após o diagnóstico da doença.
No cenário do câncer, a Psico-Oncologia tem como objetivo maior oferecer ao paciente, a sua família e ainda a toda a equipe envolvida no tratamento um suporte emocional que lhes possibilite enfrentar as dificuldades da doença e melhorar a qualidade de vida em todas as etapas do processo, que engloba a prevenção, diagnóstico, tratamento, cura e cuidados paliativos. O fortalecimento do estado emocional proporciona ao paciente maior adesão ao tratamento e como conseqüência uma melhor resposta física.

A dimensão do cuidar do paciente oncológico caracteriza-se pela importância de ver não somente a doença, mas, o que existe de sadio e assim buscar conservar atitudes humanas que valorizem esse aspecto. Envolver o paciente no tratamento é fazê-lo entender que a cura não significa somente algo que depende do externo, mostrando que mudanças significativas em hábitos de vida podem fazer uma grande diferença, pois, somos o que comemos, fazemos, agimos, pensamos e principalmente sentimos.



Maiores informações sobre a Psico-Oncologia em:
http://www.oncoguia.com.br
http://www.abrale.org.br

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